12/03/2010 - 09h13
China ameaça Google com "consequências" caso empresa largue autocensura
da France Presse, em Pequim
A China advertiu nesta sexta-feira (12) a gigante da internet americana Google que a empresa ficará exposta a "consequências" se interrromper a filtragem dos resultados da buscas no site Google.cn.
"Apoiamos a expansão do Google na China, mas se violar as leis chinesas isto seria inamistoso e irresponsável, e o Google será certamente responsável pelas consequências", afirmou o ministro da Indústria e Tecnologias da Informação, Li Yizhong.
O governo chinês controla com rigidez a internet e exige que as ferramentas de busca filtrem os resultados para ignorar os links que levam a conteúdos sensíveis para Pequim.
Em janeiro, o Google anunciou estar cansado da autocensura e informou que poderia interromper a medida, ou até mesmo suspender as atividades na China.
A ameaça aconteceu depois que a empresa americana foi vítima de ataques virtuais procedentes, segundo o Google, da China.
Desde então, o Google afirma estar em negociações com as autoridades chinesas, mas destaca que mantém a intenção de não atender mais as exigências oficiais de censura, o que não fez até agora.
"Se o Google decidir ficar na China, saberemos e isto beneficiará o desenvolvimento da internet na China", comentou Li.
"Mas se decidir partir, o mercado de internet na China continuará se desenvolvendo rapidamente e o impacto não será muito grande", completou.
A China tem o maior número de internautas no mundo: 384 milhões.
O mercado de busca on-line na China é dominado pelo local Baidu, que tinha 58,4% do setor no quarto trimestre, contra 35,6% da Google China.
segunda-feira, 15 de março de 2010
sábado, 13 de março de 2010
ESTOURO DA BOLHA DA INTERNET
11/03/2010 - 15h23
Estouro da bolha da internet completa dez anos
da Reuters, em San Francisco
Há exatamente dez anos, antes do estouro da bolha da internet, o índice Nasdaq atingiu um nível recorde de 5.132 pontos --um pico que o mercado de tecnologia não mostra qualquer sinal de retomar a máxima nos próximos anos.
Analistas e investidores de capital de risco afirmam que a crise de tecnologia ensinou uma lição aparentemente simples, que havia se perdido em meio ao furor de ofertas de ações de empresas iniciantes do Vale do Silício que não geravam receita nenhuma --de que vendas e lucros, ou pelo menos uma perspectiva de lucro, importam.
Hoje, o índice Nasdaq permanece abaixo da metade de sua máxima de março de 2000, e muitas das empresas mais importantes da época, como IBM, HP e Microsoft, passaram a negociar ações de forma mais tradicional, com base em seus fundamentos.
Encontrar ações com forte perspectiva de crescimento, as empresas do futuro, se tornou mais difícil, segundo investidores.
"Ações de tecnologia eram vistas como especiais e diferentes, uma indústria que iria crescer rapidamente e sustentaria precificações extremamente altas", disse o gerente de portfólio da T. Rowe Price, Ken Allen. "Aprendemos muito sobre os erros dessa lógica. Ações de tecnologia, em geral, são comparáveis a qualquer outro tipo de ação."
Ações de importantes marcas do setor prosperaram na última década, incluindo empresas como Apple, Amazon.com e Research in Motion, cujos produtos marcaram a indústria.
Google e Salesforce.com, que abriram seu capital em 2004, viram suas ações se valorizarem em mais de quatro vezes.
Mas muitas das principais empresas do setor nunca chegaram perto de recuperar sua glória do passado. Os papéis de empresas como Cisco Systems, Yahoo e Intel registraram quedas de mais de 50% desde aquela época.
A relação entre o lucro das empresas e o preço das ações diminuiu bastante na última década, uma vez que investimentos no setor de tecnologia se tornaram mais "racionais", segundo o analista Jeffrey Lin, da gestora de recursos TCW Group.
No início de 2000, a relação entre o lucro da Microsoft e o preço de suas ações era de mais de 70 vezes, enquanto hoje é de apenas 16 vezes. Já com a IBM, o número era de 30 vezes em 2000 e está em 13 vezes hoje.
"Tenho um bom pressentimento para as ações de tecnologia nesta década, porque não temos um vento contrário de precificações como tivemos há dez anos", disse Lin. Mas ele estimou que ainda deve demorar uns sete ou oito anos até o índice Nasdaq recuperar e superar a máxima de março de 2000.
Estouro da bolha da internet completa dez anos
da Reuters, em San Francisco
Há exatamente dez anos, antes do estouro da bolha da internet, o índice Nasdaq atingiu um nível recorde de 5.132 pontos --um pico que o mercado de tecnologia não mostra qualquer sinal de retomar a máxima nos próximos anos.
Analistas e investidores de capital de risco afirmam que a crise de tecnologia ensinou uma lição aparentemente simples, que havia se perdido em meio ao furor de ofertas de ações de empresas iniciantes do Vale do Silício que não geravam receita nenhuma --de que vendas e lucros, ou pelo menos uma perspectiva de lucro, importam.
Hoje, o índice Nasdaq permanece abaixo da metade de sua máxima de março de 2000, e muitas das empresas mais importantes da época, como IBM, HP e Microsoft, passaram a negociar ações de forma mais tradicional, com base em seus fundamentos.
Encontrar ações com forte perspectiva de crescimento, as empresas do futuro, se tornou mais difícil, segundo investidores.
"Ações de tecnologia eram vistas como especiais e diferentes, uma indústria que iria crescer rapidamente e sustentaria precificações extremamente altas", disse o gerente de portfólio da T. Rowe Price, Ken Allen. "Aprendemos muito sobre os erros dessa lógica. Ações de tecnologia, em geral, são comparáveis a qualquer outro tipo de ação."
Ações de importantes marcas do setor prosperaram na última década, incluindo empresas como Apple, Amazon.com e Research in Motion, cujos produtos marcaram a indústria.
Google e Salesforce.com, que abriram seu capital em 2004, viram suas ações se valorizarem em mais de quatro vezes.
Mas muitas das principais empresas do setor nunca chegaram perto de recuperar sua glória do passado. Os papéis de empresas como Cisco Systems, Yahoo e Intel registraram quedas de mais de 50% desde aquela época.
A relação entre o lucro das empresas e o preço das ações diminuiu bastante na última década, uma vez que investimentos no setor de tecnologia se tornaram mais "racionais", segundo o analista Jeffrey Lin, da gestora de recursos TCW Group.
No início de 2000, a relação entre o lucro da Microsoft e o preço de suas ações era de mais de 70 vezes, enquanto hoje é de apenas 16 vezes. Já com a IBM, o número era de 30 vezes em 2000 e está em 13 vezes hoje.
"Tenho um bom pressentimento para as ações de tecnologia nesta década, porque não temos um vento contrário de precificações como tivemos há dez anos", disse Lin. Mas ele estimou que ainda deve demorar uns sete ou oito anos até o índice Nasdaq recuperar e superar a máxima de março de 2000.
terça-feira, 9 de março de 2010
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